29/05/2009
Me!
Eu[zinha] @ Pucaros By Gaspar
Pois... assim só resta dizer que o esboço é bem mais bonito que o original...lollolol
:+)
28/05/2009
Amor Sem Tréguas
É necessário amar,
qualquer coisa ou alguém;
o que interessa é gostar
não importa de quem.
Não importa de quem,
não importa de quê;
o que interessa é amar
mesmo o que não se vê.
Pode ser uma mulher,
uma pedra, uma flor,
uma coisa qualquer,
seja lá o que for.
Pode até nem ser nada
que em ser se concretize,
coisa apenas pensada,
que a sonhar se precise.
Amar por claridade,
sem dever a cumprir;
uma oportunidade
para olhar e sorrir.
Amar como um homem forte
só ele o sabe e pode-o;
amar até à morte,
amar até ao ódio.
Que o ódio, infelizmente,
quando o clima é de horror,
é forma inteligente
de se morrer de amor.
in Máquina de Fogo de António Gedeão
22/05/2009
Voa!
Vive sempre livre...
Voa!
Nunca te esqueças que tens asas
Voa!
Vê o mundo que te rodeia
como se fosse a primeira vez
Todo ele te abraça...
Voa!
Mesmo naqueles momentos em que te sentes só...
Voa, nas asas da imaginação
e quebra como uma onda
Nesse momento único de Phantasia...
Voa!
Nunca te esqueças que tens asas...
Voa!
18/05/2009
Poemas de Bénédicte Houart
[Conheço quase todas
as curvas da vida, mas
nunca perco de vista
a recta que as endireita]
Agora já não tiro os olhos
daquilo que nunca vi
não arredo pé desse lugar
que em sorte não me calhou
se percorro estas ruas
conto os meus passos e
compenetro-me
não amaldiçoo, não, mas
também não perdoo
o mundo onde nasci foi outro
que eu não escolhi e
se nesta vida passeio o corpo
minha alma, já não,
já não mora aqui
. ..........................................
As palavras irritam-me
ficam sempre aquém
Se quando não, sou eu que
fico aquém do
além onde elas estão.
12/05/2009
Isto
Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
Fernando Pessoa
07/05/2009
Partida
sentado num banco da estação
vejo passar eternidades e comboios
e horas de chegada e de partida
também no relógio da gare
dois comboios concêntricos
fingem travar as rotações da terra
e afinal
rodam inexoráveis
no seu destino de ponteiros
não é verdade que eu goste de ver
passar comboios atrás de comboios
os comboios é que gostam de passar
e ver-me acomodado no meu banco
a ouvir o ritual daquela voz
atenção senhores passageiros
vai partir da linha número um
o comboio rápido com destino ao porto
aquilo não é para mim
eu nunca fui passageiro
apenas soube ficar
e nunca encontrei nos painéis da estação
nas listas dos horários
nos rótulos das malas
ou impresso nos bilhetes
um destino que me servisse
atenção
senhor sentado no banco há dez eternidades
vai partir de uma linha qualquer
um comboio qualquer
com destino ao destino
é a hora de acordar
adeus senhor banco
adeus dona letargia
adeus relógio de tédio
adeus eterna sala de espera
adeus senhor chefe da estação
tão passageiro quanto eu fui
esta voz agora é mesmo comigo
e este comboio que aí vem
chega a arquejar
de me ter procurado
em todas as estações e apeadeiros
dizem que parto atrasado
mas os comboios partem sempre
à hora que partem
demais a mais
este é um comboio irrecusável
Anthero Monteiro
06/05/2009
05/05/2009
02/05/2009
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