E se?
É sempre esta a pergunta, não é?
Memórias...
que vivem só na memória estranha do que não vivemos
sentidos...
os meus, os teus, os nossos,
confusos, nunca sentidos, sempre indefinidos
é ser assim...
hoje triste,
sem céu, sem lá, sem verbo,
vivendo sempre em marcha a ré...
ver-te...
é cruel essa tua pele.
e são sempre as tuas costas que eu revejo,.
e é sempre a memória que se repete.
Recusas sair desse teu púlpito
esse hábito que carregas no peito,
fé sem pátria, credo, ou senhor,
que só tu profeta!
e ficas...
ora mirando, ora escondido, sempre emparedado!
nessas tuas paredes invisíveis
Nunca te comprometes!
Voz...
aquela voz... lembras-te?
Sim, aquela de que ñ tens memória!
Falar...
Sempre no verso duma rima
um ode divo...
e pedes a Quem? Pergunto? A Quem?
Deixa morrer...
Eu deixo! Eu morri...
Mas pergunto?
Como? Se nunca vivi!
Confuso...
Como? Se nunca chegamos até aqui ou lá…
O que sou?
Culpa, sou só culpa!
by mir