Pastelaria
Afinal o que importa não é a literatura
nem a crítica de arte nem a câmara escura
Afinal o que importa não é bem o negócio
nem o ter dinheiro ao lado de ter horas de ócio
Afinal o que importa não é ser novo e galante
- ele há tantas maneiras de compor uma estante!
Afinal o que importa é não ter medo: fechar os olhos frente ao precipício
e cair verticalmente no vício
Não é verdade rapaz? E amanhã há bola
antes de haver cinema madame blanche e parola
Que afinal o que importa não é haver gente com fome
porque assim como assim ainda há muita gente que come
Que afinal o que importa é não ter medo
de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente:
Gerente! Este leite está azedo!
Que afinal o que importa é por ao alto a gola do peludo
à saída da pastelaria e, lá fora - ah, lá fora! - rir de tudo
No riso admirável de quem sabe e gosta
ter lavados e muitos dentes brancos à mostra.
Fantasia gramática e fuga (com eco)
No fundo eu não sinto minto minto minto
Como sou burguês vês? vês? vês?
Vou ao baile baile aile aile aile
Mas não sei dançar ar ar ar
Como sou burguês vês? vês? vês?
Vou ao baile baile aile aile aile
Mas não sei dançar ar ar ar
Visto de setim sim não sim
Vou depressa e bem olha quem
Eu sei que serei rei
Do mundo que vem mui to bem
Vou depressa e bem olha quem
Eu sei que serei rei
Do mundo que vem mui to bem
Bate coração ão! ão! ão!
Palhaço em Palheiro mário de sá-carneiro
Meu golpe de vista fu-tu-ris-ta
Tapa a boca Oh pó-ni-pi-ni-pó
Tapa a Boca Oh pó-ni-pi-ni-pó
tApa a bOca Oh
taPa a boCa Oh
tapa a boca sim
fimPalhaço em Palheiro mário de sá-carneiro
Meu golpe de vista fu-tu-ris-ta
Tapa a boca Oh pó-ni-pi-ni-pó
Tapa a Boca Oh pó-ni-pi-ni-pó
tApa a bOca Oh
taPa a boCa Oh
tapa a boca sim
O Último Poema
cavalo. cavalinho. cavalicoque.
deixá-lo
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